Carne do sol e histórias de strogonoff
Fato: quase todo mundo tem uma história de strogonoff para contar! Seja porque se é
um amante desta invenção russa, que fortemente se espalhou pelo mundo, tal como
a pizza ou sushi, seja porque esta delícia já “salvou” muitos e muitos eventos
festivos, sobretudo, quando o orçamento e a criatividade são modestos. Sim, o strogonoff é mesmo uma das opções mais
encontradas nas mesas, ao menos, brasileiras quando se pretende algum requinte e
sem grandes desembolsos, uma vez que paira sobre esta saborosa criação certo ar
de sofisticação, mesclado todavia com alta dose de popularidade, por isto nove
em cada dez brasileiros, talvez, tenham uma boa, engraçada ou curiosa história
de strogonoff para contar!
E aqui também entra o tom polêmico que este
prato suscita: algo como uma alternativa sofisticada-acessível, porém que de
tanto ser “carta na manga” já estaria tão próximo, em termo de popularidade e,
especialmente, de trivialidade, como o nosso bom e velho feijão com arroz. Pois
bem, podemos mesmo afirmar que o famigerado strogonoff
– e na sua variante abrasileirada “estrogonofe”- é quase uma unanimidade
nacional, quiçá, mundial!
No nosso caso, a criatividade e o ineditismo
da nossa gente dão todo o espaço para uma verdadeira profusão de versões, das
salgados às doces, com as carnes nobres às adaptações mais inusitadas que se
chega a desconfiar que o strogonoff deixou de ser um prato para ser uma
modalidade, uma forma de ser e estar dos alimentos. Trocando em miúdos, é o que
vale concluir que estrogonofe é mais um modo de preparo da diversidade do que
temos de comestível nesta vida, bastando apenas conservar seus princípios e
ingredientes básicos, dentre eles, o creme de leite como finalização e
cremosidade do prato.
Daí temos, os mais tradicionais estrogonofes
de frango, de carne ou camarão ao de lagosta, salmão, bacalhau até sardinha
(!); dos vegetais dos mais variados (couve-flor, berinjela, brócolis são
comuns); aos doces, como o de nozes ou de castanha ou de chocolate; dos
absolutamente exóticos: de macarrão (!), de feijão (!), de fígado (!) até o que
a imaginação brasileira alcançar, de modo que chega uma hora que se passa a
acreditar que se pode fazer estrogonofe de absolutamente tudo! Até de “pombo”,
como diria um comediante diante destes na TV, propondo como uma iguaria para um
buffet de casamento, imagina!
Divagações e brincadeiras à parte, é neste
mar de opções e variações do nosso velho e bom estrogonofe que o blog ALIBOM
sugere, com a certeza de surpreender e mais uma vez reafirmar a versatilidade
da sua carne do sol, a versão que segue.
Bom Preparo!
Equipe ALIBOM por Ana Clara Rebouças
Estrogonofe de Carne do Sol ALIBOM
NO ELENCO:
500 g de carne do sol ALIBOM em cubos
(atenção ao corte para que se conserve a maciez: sempre ao contrário das
fibras!);
1 cebola média em fatias finas
½ cálice de conhaque ou vinho branco para
flambar;
2 c. de sopa de óleo
1 c. de sobremesa de mostarda
1 c. de sobremesa de molho inglês
100 ml de polpa de tomate (a quem prefira o extrato
de tomate, neste caso, use no máximo 2 c. de sopa)
150 g de cogumelos tipo champignon (gosto de parti-los ao meio – não só para que rendam
mais – mas para que absorvam mais sabor no cozimento)
2 c. de sopa de catchup (e aqui reside uma
outra controvérsia, de modo que há receitas que indicam seu uso, e outras que o
vetam em absoluto; aqui, a inclusão foi muito bem acertada, mas é um componente
à gosto, ou seja, para quem gosta do sabor levemente agridoce que este
condimento proporciona ao prato).
150 ml de creme de leite
ROTEIRO
Refogue em fogo brando as cebolas em óleo e
mostarda até que fiquem parcialmente amolecidas (não as deixe dourar, pois a
intenção é que elas fiquem macias e totalmente amolecidas ao final do cozimento
do prato). Junte o cálice de vinho branco ou conhaque e, após evaporar,
adicione os cubos da carne ALIBOM. Deixe que se amorenem levemente (sem tostar!) e,
neste ponto, acrescente a polpa do tomate e o catchup (à gosto) e o molhe
inglês. Junte os cogumelos. Deixe cozinhando e mexendo sempre até que se
perceba que a cebola e a carne estão macias. Nesta fase, adicione o creme de
leite sem deixar que ferva (a fervura provoca pequenas bolhas na textura do
caldo). Está pronto! É só servir bem acompanhado do arroz branco e da bem vinda
batatinha palha!
Bom Apetite!
Equipe ALIBOM por Ana Clara Rebouças
Olá, pessoal!
ResponderExcluirPor curiosidade encontramos no site: http://www.historiadetudo.com/strogonoff.html, um pouco da interessante história da origem deste prato que segue abaixo:
O Strogonoff é um prato de origem russa; na verdade, chamava-se Strogonov. Tudo começou no século XVI por meio da alimentação dos soldados russos, os quais comiam rações de carne cortadas em barris com sal grosso e aguardente para preservar o alimento.
Por meio de um cozinheiro do Czar russo Pedro, o Grande, a comida foi melhorada e refinada. O general que protegia o cozinheiro se chamava Strogonov; daí surgiu a ideia de dar tal nome ao prato. Posteriormente, com a Revolução de 1917 e a imigração dos russos para a Europa, a receita chegou à França, onde foi refinada ainda mais, chegando à forma que conhecemos atualmente. O sucesso do Strogonoff é tão grande, que junto com a lasanha e o filé à parmegiana, é atualmente um dos dez pratos mais vendidos no mundo.
Na foto, a gente "mata a cobra e mostra o pau", como dizem por aí, ou seja: nada passa aqui sem a nossa experimentação e aprovação. Portanto, podem apostar!!!
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