quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Carne do sol e histórias de strogonoff
Fato: quase todo mundo tem uma história de strogonoff para contar! Seja porque se é
um amante desta invenção russa, que fortemente se espalhou pelo mundo, tal como
a pizza ou sushi, seja porque esta delícia já “salvou” muitos e muitos eventos
festivos, sobretudo, quando o orçamento e a criatividade são modestos. Sim, o strogonoff é mesmo uma das opções mais
encontradas nas mesas, ao menos, brasileiras quando se pretende algum requinte e
sem grandes desembolsos, uma vez que paira sobre esta saborosa criação certo ar
de sofisticação, mesclado todavia com alta dose de popularidade, por isto nove
em cada dez brasileiros, talvez, tenham uma boa, engraçada ou curiosa história
de strogonoff para contar!
E aqui também entra o tom polêmico que este
prato suscita: algo como uma alternativa sofisticada-acessível, porém que de
tanto ser “carta na manga” já estaria tão próximo, em termo de popularidade e,
especialmente, de trivialidade, como o nosso bom e velho feijão com arroz. Pois
bem, podemos mesmo afirmar que o famigerado strogonoff
– e na sua variante abrasileirada “estrogonofe”- é quase uma unanimidade
nacional, quiçá, mundial!
No nosso caso, a criatividade e o ineditismo
da nossa gente dão todo o espaço para uma verdadeira profusão de versões, das
salgados às doces, com as carnes nobres às adaptações mais inusitadas que se
chega a desconfiar que o strogonoff deixou de ser um prato para ser uma
modalidade, uma forma de ser e estar dos alimentos. Trocando em miúdos, é o que
vale concluir que estrogonofe é mais um modo de preparo da diversidade do que
temos de comestível nesta vida, bastando apenas conservar seus princípios e
ingredientes básicos, dentre eles, o creme de leite como finalização e
cremosidade do prato.
Daí temos, os mais tradicionais estrogonofes
de frango, de carne ou camarão ao de lagosta, salmão, bacalhau até sardinha
(!); dos vegetais dos mais variados (couve-flor, berinjela, brócolis são
comuns); aos doces, como o de nozes ou de castanha ou de chocolate; dos
absolutamente exóticos: de macarrão (!), de feijão (!), de fígado (!) até o que
a imaginação brasileira alcançar, de modo que chega uma hora que se passa a
acreditar que se pode fazer estrogonofe de absolutamente tudo! Até de “pombo”,
como diria um comediante diante destes na TV, propondo como uma iguaria para um
buffet de casamento, imagina!
Divagações e brincadeiras à parte, é neste
mar de opções e variações do nosso velho e bom estrogonofe que o blog ALIBOM
sugere, com a certeza de surpreender e mais uma vez reafirmar a versatilidade
da sua carne do sol, a versão que segue.
Bom Preparo!
Equipe ALIBOM por Ana Clara Rebouças
Estrogonofe de Carne do Sol ALIBOM
NO ELENCO:
500 g de carne do sol ALIBOM em cubos
(atenção ao corte para que se conserve a maciez: sempre ao contrário das
fibras!);
1 cebola média em fatias finas
½ cálice de conhaque ou vinho branco para
flambar;
2 c. de sopa de óleo
1 c. de sobremesa de mostarda
1 c. de sobremesa de molho inglês
100 ml de polpa de tomate (a quem prefira o extrato
de tomate, neste caso, use no máximo 2 c. de sopa)
150 g de cogumelos tipo champignon (gosto de parti-los ao meio – não só para que rendam
mais – mas para que absorvam mais sabor no cozimento)
2 c. de sopa de catchup (e aqui reside uma
outra controvérsia, de modo que há receitas que indicam seu uso, e outras que o
vetam em absoluto; aqui, a inclusão foi muito bem acertada, mas é um componente
à gosto, ou seja, para quem gosta do sabor levemente agridoce que este
condimento proporciona ao prato).
150 ml de creme de leite
ROTEIRO
Refogue em fogo brando as cebolas em óleo e
mostarda até que fiquem parcialmente amolecidas (não as deixe dourar, pois a
intenção é que elas fiquem macias e totalmente amolecidas ao final do cozimento
do prato). Junte o cálice de vinho branco ou conhaque e, após evaporar,
adicione os cubos da carne ALIBOM. Deixe que se amorenem levemente (sem tostar!) e,
neste ponto, acrescente a polpa do tomate e o catchup (à gosto) e o molhe
inglês. Junte os cogumelos. Deixe cozinhando e mexendo sempre até que se
perceba que a cebola e a carne estão macias. Nesta fase, adicione o creme de
leite sem deixar que ferva (a fervura provoca pequenas bolhas na textura do
caldo). Está pronto! É só servir bem acompanhado do arroz branco e da bem vinda
batatinha palha!
Bom Apetite!
Equipe ALIBOM por Ana Clara Rebouças
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
(Imagem disponível em: www.sxc.hu)
Carne do Sol à Laranja & Alecrim
Eis aqui uma primeira receita da Série “Carne
do Sol, Mexerica e Outros Amores” e que trata prontamente de cumprir a promessa
de uma versão mais light desta
delícia: Carne do Sol ALIBOM ao Forno à Laranja & Alecrim!
Em primeiro lugar, se há uma combinação
bastante harmônica e utilizada nas cozinhas mundo afora é esta: a suavidade do
alecrim com a acidez moderada e bem quista da laranja, este fruto tão versátil
e, por que não, quase unanime! O alecrim, por sua vez, reserva a sofisticação
da origem calcária dos ares mediterrâneos, por isto mesmo nem sempre facilmente
encontrado nas prateleiras dos mercados brasileiros, sobretudo, nordestinos.
É comum então encontra-la – esta união bem
acertada – nos preparos mais diversos: dos doces aos salgados, das bebidas às
infusões medicinais, a exemplo de bolos, geleias, chás, guisados, assados,
entre outros tantos. Nas receitas em língua inglesa, o par recebe a singela alcunha de Orange and Rosemary, já na
tradução francesa, temos o casal “Orange et Romarin”; e, por curiosidade, a
semelhança da denominação do alecrim se deve à sua especificação latina: Rosmarinus officinalis.
Pois bem, de volta à nossa boa e tenra carne do sol ALIBOM propomos a
seguir a sua versão ao forno e ao sabor da dupla laranja-alecrim! Delícia
garantida!
Equipe ALIBOM por Ana Clara Rebouças
Carne do Sol ao Forno à Laranja & Alecrim
ELENCO:
- 1 kg de carne de sol ALIBOM (fatiada em porções de 200 gr. aprox; lembre que o corte que mantém a maciez é aquele que contraria o sentido das fibras!)
- 2 dentes de alho lasqueado ou amassado
- pimenta-do-reino ou noz moscada (à gosto)
- 400 ml de suco de laranja da fruta
- 1 galhinho de alecrim fresco (aprox. 10 gr - lembre que o alecrim possui sabor bem marcante portanto moderação no uso é sempre recomendável!))
- 1 colher de sopa de óleo de girassol ou canola (ou o suficiente para untar a assadeira);
- 60 gr de manteiga
ROTEIRO:
Disponha a carne do sol ALIBOM em uma travessa com o suco de laranja e o alecrim durante cerca de 1 hora,
virando as peças de lado na metade do tempo. Após este tempo, retire a carne e
reserve a laranja/alecrim. Pré-aqueça o forno a 250°C, deixando-o bem
quente, pois deste modo o assamento é rápido e conserva a maciez da carne. Seque
bem a carne (e isto é muito importante para que a carne não libere excesso de
água durante o processo de assamento). Esfregue o alho pela carne, a pimenta do
reino ou a noz moscada; e a disponha sobre uma assadeira untada com o óleo de
canola ou girassol. Passe a manteiga sobre a carne e leve ao forno que já
deverá estar bem quente (mais ou menos 30 min. deverá estar dourada). Junte o
suco de laranja/alecrim à carne e deixe no forno por mais uns 10 ou 15 minutos.
Ao final deste tempo, o caldo laranja-alecrim poderá ser separado da carne e
reaquecido em fogo brando (se preferir mais encorpado adicione uma colher de
sopa de amido de milho dissolvida) e sirva à parte ou sobre a deliciosa carne do sol ALIBOM!
Bom Apetite!
Equipe ALIBOM por
Ana Clara Rebouças
sábado, 1 de setembro de 2012
Carne do Sol: Mitos e Verdades
Se o assunto é carne do sol – convenhamos – temos
é história para contar! Sim, dizem as boas e sábias línguas que a prática da
salga das carnes frescas remonta à pré-história, ou seja, é tão antiga quanto a
própria trajetória da humanidade. Por isto mesmo, no rolar e desenrolar das pedras, a
carne do sol chega às mesas contemporâneas recheadas de mitos, verdades ou
meias verdades.
Em primeiro lugar, a velha questão do sal, e
haja sal! Bem, se há uma grande inverdade relativa à carne do sol seria a
suposta necessidade de salga-la em demasiado no ato da sua produção e, claro, a
ALIBOM já superou há muito este mito. Em
consequência disto, vem a tese de que seria então preciso deixá-la de molho na
água, com trocas sucessivas, por longas e enfadonhas horas. Fosse assim, o que
seria da voraz vontade de degusta-la; o que seria da produtividade dos
restaurantes? Tsc tsc. Há receitas inclusive que recomendam a dessalga de até
24 horas de antecedência, imaginem só!
Na contramão desta tendência, a ALIBOM – e outras empresas do ramo – vem
acertando em cheio o ponto do sal onde ele é exatamente bem vindo: em níveis
aceitáveis de sódio (afinal, ninguém precisa ter um pico de hipertensão ao
saborear um taco desta gostosura); na garantia de um sabor quase nostálgico,
dos tempos idos das produções artesanais; na maciez; e, finalmente, na
conservação da carne. Ou seja, a salga cumpre a sua devida missão, sem
contrariar as demandas da contemporaneidade, isto é, saúde e segurança
alimentar, e ainda reserva alguma coisa da tradição das antigas mantas salgadas
sob o sereno e à luz do luar.
Pois bem, nestas nossas andanças por aí,
temos observado que muitos restaurantes e açougues salgam os seus próprios
cortes, sobretudo, por uma questão de custos. Ok. Todavia, devemos ponderar que
nem todo mundo domina bem esta arte, ou melhor, esta técnica, fria e
francamente falando. Inclusive, não raro encontrar em bons restaurantes e
açougues das carnes do sol excessivamente salgadas – e que de fato precisariam
daquelas tais longas horas de molho – e,
além disto, talvez até por conta destes excessos sódicos, carnes duras! Sim,
duras!
E aqui entra uma outra inverdade: carne do
sol, para ser do sol mesmo, algo como coisa de “sertanejo forte”, precisa ser
meio dura por natureza. Bem, como diria lá o Eça de Queiroz, o “sertanejo é
antes de tudo um forte”: verdade, ele precisa mesmo ser duro ante às
adversidades nordestinas, mas a carne que o alimenta não. Por isso, caros e
caras, carne do sol pode e, a depender do objetivo, deve ser mole, macia,
suculenta, tal como uma boa picanha que derrete entre os dentes. Neste caso,
mais uma vez a ALIBOM tem a excelência
neste quesito: nossos cortes atendem ao gosto do freguês! Das mais tradicionais
às mais nobres opções, temos de toda a variedade de carne do sol, inclusive, da
picanha mais ensolarada que já se ousou fazer!
Finalmente, uma derradeira e fundamental
inverdade, ou talvez, uma meia verdade: carne do sol não é necessariamente
sinônimo de gorduras e frituras, isto é, não precisa ser uma bomba calórica
como dizem por aí. Tanto assim, que o blog ALIBOM
trará, entre as suas próximas receitas, modos de preparo que valorizem a maciez
da carne (e atenção às dicas de corte da peça), que explorem tanto o potencial gourmet, mesclado às suas raízes regionais,
quanto o lado mais light (sim, light!!!) desta delícia e que poucos conhecem. , aguardem as cenas do
próximo capítulo!
Equipe ALIBOM por Ana Clara Rebouças
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Carne do Sol, Macaxeira e outros amores
Se a tradicional dupla - goiabada com queijo - foi, e é, digna das mais famosas histórias de amor, tamanha a fidelidade deste par tão famoso dentre as sobremesas dos brasileiros, o mesmo não pode ser dito da versatilidade que marca a queridinha do Nordeste, e também respeitada país afora: a carne do sol. Verdade que esta delícia bem acomodada sobre os longos braços da macaxeira - ou aipim ou mandioca, como queiram - tem seu lugar ao sol e não deixa de ser uma versão Romeu e Julieta dos sertões e veredas Brasil adentro, mas vamos combinar que tal cumplicidade perde lugar para as mais variadas combinações que nos deparamos por aí.
Pesquisando os cardápios, receitas e mesas brasileiras, a equipe Alibom tem desvendado os segredos desta tão apreciada carne salgada em suas mais diversas combinações e usos. É com este intuito criativo e com as mais inusitadas das "traições", que experimentaremos e revelaremos em futuras postangens os casamentos mais prováveis e improváveis desta nossa tão fogosa e versátil carne do sol!
Pesquisando os cardápios, receitas e mesas brasileiras, a equipe Alibom tem desvendado os segredos desta tão apreciada carne salgada em suas mais diversas combinações e usos. É com este intuito criativo e com as mais inusitadas das "traições", que experimentaremos e revelaremos em futuras postangens os casamentos mais prováveis e improváveis desta nossa tão fogosa e versátil carne do sol!
Mãos à obra e bom apetite!
Equipe Alibom
Equipe Alibom
domingo, 15 de abril de 2012
Cassoulet, Olivier e a Bahia
A receita desta semana é a deliciosa especialidade
gastronômica conhecida como Cassoulet,
originada na província de Limousin, sudoeste da França. Esta inclusive é uma
região famosa pela criação de gado, cuja matéria-prima de excelência justifica
vir daí este delicioso prato!
Apesar da origem francesa, o Cassoulet poderia facilmente ter sido uma criação genuinamente
brasileira, uma vez que lembra a nossa unanimidade nacional, a feijoada. Sendo
assim, o Cassoulet é tão apreciado
por lá – tanto que há também em sua versão enlatada, como os desesperados por
feijão o encontram também em lata para os casos mais emergenciais (!) – que
certamente é um prato que agrada aos paladares baianos, brasileiros, mundo
afora!
Abaixo, a receita desta saborosa iguaria é oferecida pelo chef Olivier Anquier e que aqui segue bem adaptada para acolher os deliciosos produtos baianos Alibom®, tal como um perfeito acordo entre Bahia e França!
Bom apetite!
Receita original em:
http://www.olivieranquier.com.br/receitas/receita.php?id=56
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